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Vereador do PT é detido em meio a investigação de desvio de doações para o Rio Grande do Sul

Operação Desvio: Vereador do PT e outros suspeitos investigados por desvio de doações em tragédia ambiental no Rio Grande do Sul

Redação Acrelândia News
Por: Redação Acrelândia News
10/06/2024 às 10h50
Vereador do PT é detido em meio a investigação de desvio de doações para o Rio Grande do Sul

Três vereadores e um secretário municipal de Palmares do Sul, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul (RS), estão sob suspeita de desviar doações destinadas às vítimas da tragédia ambiental que atingiu mais de 2,3 milhões de pessoas em 476 municípios gaúchos a partir do final de abril.

Os vereadores Filipe Lang (PT), Manoel Antunes (PL) e Polon de Oliveira (União Brasil), juntamente com o secretário municipal de Administração, Rodrigo Machado Martins, estão entre os investigados na Operação Desvio.

Filipe Lang, pré-candidato à prefeitura de Palmares do Sul (RS), foi detido em flagrante quando autoridades do Ministério Público, em cooperação com a Polícia Civil, encontraram um revólver irregular em sua residência. Alegando que a arma era uma herança de seu avô e que estava desativada, ele foi liberado após pagamento de fiança.

Com o respaldo da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual (MP-RS) realizou duas fases da operação nesta semana. Na terça-feira (04), foram executados quatro mandados de busca e apreensão, incluindo aqueles contra Antunes, sua companheira e Martins. Durante essa ação, foram confiscados documentos e dispositivos eletrônicos que podem ser fundamentais para as investigações, além de produtos doados por organizações de outras partes do país, encontrados em posse dos investigados.

No sábado (08), promotores do Gaeco e policiais civis cumpriram mais 11 mandados de busca e apreensão, incluindo endereços relacionados a Lang e Polon, este último sendo pré-candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Lang.

Embora ainda estejam em estágio inicial, as investigações do MP-RS indicam que as acusações de apropriação indébita, peculato e associação criminosa estão sendo corroboradas.

"Elas apontam que os investigados se aproveitaram dos cargos que ocupam para desviar donativos e oferecê-los em troca de [futuros] votos em ao menos um dos três suspeitos", afirma o MP-RS, em comunicado, sem citar nomes.

Segundo o promotor Mauro Rockenbach, "Tudo indica que foi uma doação para um pré-candidato [que concorrerá à prefeitura] no próximo pleito municipal [deste ano]. E já temos provas de que parte destes donativos foi encaminhada para famílias não flageladas, conforme planilhas apreendidas", sustentando que os donativos vindos de outras regiões do país não passaram oficialmente pela prefeitura.

A Polícia Civil também informou, em nota, que durante a operação de sábado (08), foram apreendidos "uma grande quantidade de donativos que seriam distribuídos de forma equivocada", além de uma soma considerável em dinheiro, telefones celulares, documentos, um revólver não registrado e munições.

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