O Impostômetro, localizado na sede da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) no Centro Histórico, registrou R$ 3 trilhões em impostos, taxas e contribuições. Esse valor foi contabilizado às 8h50 desta sexta-feira (1º de nov. de 2024) e representa o total pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária.
Esse marco foi atingido 54 dias antes do que ocorreu em 2023. Naquele ano, o Impostômetro indicava R$ 2,5 trilhões, resultando em um aumento de 20% para 2024.
“Era esperado atingirmos os 3 trilhões, batendo mais um recorde, 54 dias antes do ano passado. Isso traz alegria pelo volume, mas também tristeza, pois essa arrecadação deveria beneficiar a população, o que, infelizmente, não está acontecendo,” afirmou Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP.
Ordine ressaltou a urgência de investimentos em infraestrutura e serviços públicos. Ele observou que uma grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) está comprometida com custeio, deixando apenas uma pequena fração para investimentos.
“Nosso sistema tributário incide principalmente sobre o consumo. À medida que os preços de bens e serviços aumentam, a arrecadação cresce. Além disso, o crescimento da atividade econômica impacta a arrecadação positivamente. Se esses fatores continuarem, podemos antecipar esses resultados de R$ 3 trilhões,” declarou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
O painel do Impostômetro, situado na rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo, apresenta dados atualizados sobre a arrecadação tributária em tempo real.