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Banco Central prevê Selic a 14,25% em março e mantém alerta sobre inflação

Ata do Copom destaca compromisso com controle inflacionário e incertezas sobre fim do ciclo de altas

Por: Redação Acrelândia News
04/02/2025 às 10h13
Banco Central prevê Selic a 14,25% em março e mantém alerta sobre inflação

O Banco Central divulgou, nesta terça-feira (4), a ata da 268ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), justificando o novo aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que passou de 12,25% para 13,25% ao ano. O documento mantém a previsão de mais uma alta em março, elevando a taxa básica de juros para 14,25% ao ano, sem indicar o fim do aperto monetário.

Inflação segue no radar

A ata destaca a necessidade de continuidade no aumento da Selic para conter a inflação, que segue acima da meta de 3% para 2025, dentro da faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 1,5% a 4,5%). O Copom avalia que a inflação de serviços continua pressionada e que o recente aumento dos preços dos alimentos, especialmente das carnes, pode impactar os índices de médio prazo.

Além disso, a autoridade monetária projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ultrapassar o teto da meta em junho, o que exigirá justificativas do BC sobre o não cumprimento dos objetivos inflacionários.

Cautela nas próximas decisões

O Copom reforça que o ritmo das futuras decisões dependerá da evolução da inflação, considerando fatores como a atividade econômica, expectativas do mercado e o impacto da política monetária. “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, diz o documento.

Cenário global e impacto na economia brasileira

A economia global segue desafiadora, segundo a ata, com destaque para os Estados Unidos. A desaceleração econômica norte-americana, a política do Federal Reserve e novas tarifas impostas podem influenciar fluxos de capital e impactar o câmbio no Brasil, elevando a necessidade de ajustes monetários.

Política fiscal e sustentabilidade da dívida pública

Outro ponto de atenção do Banco Central é o impacto da política fiscal sobre a inflação. O Copom alerta para a importância de alinhamento entre as políticas fiscal e monetária, destacando que incertezas sobre a sustentabilidade da dívida pública e reformas estruturais podem pressionar ainda mais os juros no país.

O cenário, segundo o BC, exige cautela na condução da política monetária para garantir estabilidade econômica e a retomada da inflação dentro da meta.

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