O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) criticou duramente o novo Plano Nacional de Segurança Pública apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em discurso na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1º), Duarte classificou o plano como "um amontoado de nada, embalado em palavras inúteis", sugerindo que fosse rebatizado de "Plano Água" — por ser, segundo ele, "inodoro, insípido e incolor".
O parlamentar destacou dados alarmantes do Atlas da Violência e do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam), que registraram, em 2024, 39 mil homicídios, 1.450 feminicídios e quase 72 mil casos de estupro no Brasil. Para Duarte, esses números evidenciam o colapso da segurança pública e a ineficiência das ações federais. Ele ressaltou que, no Acre, a situação é ainda mais preocupante, com as fronteiras com Bolívia e Peru dominadas por facções criminosas que se aproveitam da ausência de ações efetivas do governo federal.
Duarte também criticou a falta de articulação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e a ausência de apoio dos estados ao plano proposto. Segundo o deputado, o governo tem priorizado discursos e gestos simbólicos em vez de medidas concretas no combate à criminalidade, tratando criminosos como vítimas da sociedade e abandonando os cidadãos de bem à própria sorte.
Ao concluir, Roberto Duarte exigiu que o governo federal reponha os investimentos no setor, fortaleça as polícias e abandone o que chamou de "discurso ideológico". "O Brasil precisa de paz. E isso só será possível quando o governo federal acordar para os reais problemas da segurança pública", afirmou.