Um comunicado atribuído a uma organização criminosa circulou nesta terça-feira (1º de abril), anunciando restrições na comunidade Cidade do Povo, em Rio Branco. A mensagem, apresentada como um “comunicado oficial”, determinava a suspensão de serviços essenciais, como transporte de táxi lotação, entregas de gás e alimentação, especificamente nas quadras 19 e 20 da comunidade.
De acordo com o texto, amplamente divulgado nas redes sociais, a decisão estaria ligada a um conflito entre grupos rivais na região. O comunicado menciona a intenção de combater facções adversárias e justifica as restrições como uma suposta medida de “segurança”.
No entanto, o bloqueio tem impacto direto sobre os moradores da comunidade, incluindo famílias que não possuem qualquer envolvimento com atividades criminosas.
Segundo um trabalhador do setor de transporte, muitos moradores estão sendo obrigados a percorrer longas distâncias a pé para chegar em casa. Além disso, comerciantes da região informaram que não devem liberar entregadores para atuar nas quadras afetadas.
O Acrelândia News ouviu o secretário de Segurança do Estado, coronel José Américo Gaia, que afirmou já estar tomando todas as providências necessárias para enfrentar a situação. Segundo ele, reuniões com militares do Segundo Batalhão, responsável pela segurança da região, já estão em andamento.
Gaia garantiu que as ameaças feitas pela organização criminosa não serão cumpridas e prometeu uma resposta firme das forças de segurança para retomar o controle da Cidade do Povo.
“Estou reunido no Segundo Batalhão. Recebi esse bilhete, mas isso não vai acontecer em hipótese nenhuma. A população pode ficar tranquila. Vamos tomar a Cidade do Povo. Desde a semana passada, estamos com ações na localidade. Estava pacificado, chegamos a zerar os conflitos com ações sociais, como o Juntos pelo Acre”, declarou o secretário.
Ele reforçou que a população da região pode confiar no trabalho das forças de segurança e garantiu que o Estado não aceitará esse tipo de prática criminosa.
“Isso não vai acontecer, vamos ocupar aquele bairro. Não vamos aceitar isso. Desde a semana passada, temos feito ações lá dentro e não vamos parar. Já deu, estancou. Não entenderam o recado ainda”, enfatizou Gaia.